26 de maio

26-05-2011 11:49

Balança

Leitura Bíblica: Jó 31.1-40

 

    Meu avô tinha uma balança com dois pratos: em um era colocado o que se queria pesar, no outro eram acrescentados pesos de metal – havia vários, cada um com seu valor. Quando o peso dos dois pratos era equivalente, eles ficavam na mesma altura. O peso do produto era estabelecido pela comparação com os pesos de metal. Na Bíblia encontramos a balança como figura do julgamento de Deus, que revela se somos ou não aprovados por ele. No texto de hoje, Jó pede que Deus use uma balança justa para avaliar sua vida. Então apresenta seu “produto” a ser pesado: suas obras. Diz que evitou o adultério, a exploração de pessoas da terra, a idolatria, o ódio, a mentira e também anuncia que auxiliou os necessitados. Porém, confessou que fizera tudo isso por medo (v 23). Jó era um bom religioso, mas suas obras mereceram apenas o menor dos pesos na balança divina.

    Pensando nisso, quantas coisas fizemos por “obrigação cristã” ou então por medo do castigo de Deus? Esquecemos que na balança de Deus o que pesa é qualidade, não quantidade. Podemos apresentar a ele extensas listas de boas obras, esperando seu elogio. Porém, Deus questionará com que intenção fizemos tais coisas ou renunciamos a algo. Será que foi por resposta ao  grande amor de Deus ou buscando “acumular pontos” com o Senhor para ganhar algo ou escapar do inferno?

    Por melhores que sejam, não são nossas obras que contam na balança de Deus. O que vai pesar é nossa resposta a Cristo. Em Mt 7.21-23, Jesus fala de pessoas que fizeram grandes coisas em nome de Jesus, mas ele não as conhecia. Deus não espera que façamos coisas pra ele – ele quer um relacionamento conosco. As obras têm o seu valor quando são inspiradas no desejo de agradar a Deus por quem ele é (como uma resposta natural ao seu amor) e pela vontade de imitar Cristo. Elas demonstram nossa fé, mas não dão direito à vida eterna com Deus.

“O que Deus deseja não é um bom desempenho,

mas meu coração” – Philip Yancey