3 de maio
Doçura
Leitura Bíblica: Salmo 81.8-16
“Se tão somente ouvisse”... chorava a mãe quando soube que seu filho foi morto porque não aceitou seus conselhos. “Se apenas me ouvisse”... gemia o coração de Deus, ansiando pelo seu povo que salvou do Egito. Deu-lhe vitória sobre os inimigos na terra prometida e Israel ganhou o status de nação. O Salmo evoca a profunda tristeza de Deus diante das suas esperanças frustradas. Apesar disso, ainda esperava que o desvio do povo terminasse em obediência à Lei: “Não terás outros deuses diante de mim”. Quando o povo de Deus desobedece, não é isento das conseqüências só por ter esse nome. Apesar dos avisos e alertas, Israel abusava dos seus privilégios e rejeitava a voz dos profetas, vivendo em flagrante desobediência a fim de se parecer com os outros povos. Finalmente, para ensinar os israelitas a não mais idolatrar, Deus permitiu que a Babilônia os levasse ao cativeiro por 70 anos. “Meu povo não quis ouvir-me... com o mel da rocha os satisfaria” (v11, 16). Nas fendas das rochas onde as abelhas instalavam colméias achariam o mel: no lugar mais duro encontrariam doçura. Os anos no exílio criaram no povo um profundo desejo de voltar à sua terra. Milhares retornaram, mas com o aviso: “(Deus) promete paz ao seu povo, aos seus fiéis! Não voltem eles à insensatez!” (Sl 85.8) Sua loucura foi recusar-se a ouvir atentamente a palavra de Deus. Mas depois, já com fome de Deus, sua nova atitude era como o mel saído da pedra dura das lembranças do cativeiro. Como frisa o versículo em destaque, o amargo tornou-se em doçura porque satisfez a fome. Em Lucas 15, quando o filho pródigo voltou faminto a seu lar, tudo que antes repudiara agora lhe era doce. Seu gosto transformou-se pela atitude mudada. Se deixarmos as amarguras da nossa vida nos levar de volta a Deus, brotará doçura dessa nova vida.
A reconciliação com Deus
faz doces com nossa amargura.